Lizard

Apesar de algumas controvérsias sobre as origens do Lizard, os Ingleses são os detentores do standart da raça . O Gold e o Silver foram canários do padrão por longos anos.

A cúpula ou calota tinham 03 tipos básicos > CLEAR CAP ( com cupula ) BROKEN CAP (cupula parcial ) e NOM CAP ( sem cupula ) . Na Grã Betanha são admitidos apenas os GOLD E OS SILVER , e ultimamente os BLUES , com os 03 tipos de calotas descritos no standart original.

Gold

 

Silver

 

Blue

 

 

Obs as fotos foram apenas para ilustrar os tipos , não devendo ser considerado a qualidade dos mesmos .


Nos grandes shows , além dos citados, há uma separação para machos e fêmeas , e já existem também a classe para os chamados OVER YEARS, que são pássaros adultos , logicamente não tão bons quantos os filhotes . Tal providência foi tomada para evitar que os pássaros fossem denominados d eum ano só , como era , e possibilitar a apresentação de reprodutores , aumentando o número de inscrições e despertando maior interesse para a raça . Vale lembrar que lá os clubes são especializados .

As dificuldades encontradas na criação do Lizard são de conhecimento geral , e os acasalamentos parecem não obedecer a qualquer critério lógico. A diversidade dos resultados é supreendente. Há vários artigos escritos sobre o tema , a totalidade não comprovada , inclusive um que admite ser o Lizard produto de uma hibridação com um silvestre , o Serinus Pusilus ( Red Fronted Serin ) que apresenta uma semi-calota avermelhada .

Serinus Pusilus



Na Grã Betanha os Gold e os Silver são apresentados normalmente carotenados.

Elucubrações a parte , esta bela raça está passando por um processo de evolução que se apresenta lento em relação as demais , porém definitivo . Assim sendo , torna-se necessário considerar essas ocorrências , da mesma forma que tem sido feito em relação a outras raças e segmentos ornitológicos .

A primeira mudança na raça foi a introdução da cor de fundo branca, que já tem aprovação da COM e dos próprios ingleses, que a denominaram BLUE. Mais tarde foi introduzida a cor de fundo vermelha que passou a figurar entre as classes julgadas, também com a aprovação da COM.

Ultimamente tem aparecido pássaros com melaninas negras diluídas e com melaninas marrons , apresentando um desenho quase sem restrições no que diz respeito a distribuição e formato relativo ao padrão da raça. São exemplares em quantidade e qualidade que mexem e remexem com os olhos e os conceitos de juízes e criadores. Já vimos ágatas e canelas maravilhosos, são criados tanto aqui como na Europa .

No livro COULORED , TYPES & SONG CANARIES , de autoria de GBR WALKER & DENIS AVON editado em 1987 , há referências ao Pèrola , uma mistura envolvendo o lIZARD E O aCETINADO . 

NOSSOS PENSAMENTOS 

Gostaríamos de tê-los a mesa de julgamento ? A nosso juízo , pensamos que poderíamos experimenta-los. tal como ocorre em outros países, sem qualquer prejuízo ou desrespeito ao sistema . Tem sido assim com muitas raças, e com as mutações aprovadas no segmento cor .

Relendo o histórico das raças , temos a exata dimensão do que está supracitado. E mais , não vemos outra forma de trabalhar na aprovação de uma raça ou cor que não seja essa . /Talvez aí esteja a constatação do porque não há , até hoje ,uma única raça ou cor que tenha a sua origem em nosso país a não ser o Urucum, que é a mutação da cor das partes córneas, não da plumagem ou forma .

Pensamos que não é por falta de competência nossa . Pode ser que precisemos ousar , a ousadia é um valor que todos precisamos ter . Neste caso , vale lembrar o Brasileirinho que até hoje não apareceu , apesar de estar sendo trabalhado há algum tempo, descontadas as questões surgidas nas pré-apresentações.

Vejo na subdivisão de classe iniciada na raça Gloster , que está se estendendo a outras raças , um pouco dessa ousadia . É indiscutível o valor que tem representado par o segmento de porte essas subdivisões , com julgamento mais justos e valorização adequada ao tipo de estrutura das penas ( lipocromicos , pintados e melanicos ) 

OUTROS COMENTÁRIOS 

Segundo os preceitos da COM para aprovação de uma nova raça , são necessários entre outras coisas, que o pássaro objeto de reconhecimento com uma nova raça , apresente no mínimo 3 itens que o diferenciem das raças existentes já aprovadas .

Cor raras exceções, não é o que temos visto. 

Vejamos alguns exemplos :

O Fife Fancy apesar de ser uma raça bem antiga , é uma miniatura do Border , criada pelos escoceses que não concordavam com o tamanho do Border Inglês.

O Mehringer , uma miniatura do Frisado Parisiense

O Rheilander , uma miniatura do Lancashire .

Nestas raças , onde estão as diferenças além do tamanho ????


CONCLUSÃO 

Considerando o exposto , pensamos que poderíamos a título experimental , sem que isso conte pontuação ao criador e ou ao clube , admitir classe separadas como novas cores , os LIZARD NEGRO MARROM DILUÍDOS ( ÁGATA) e os LIZARD COM MELANINAS MARROM ( canelas ) separados ainda , em com e sem calota , independente da cor de fundo , no início, pois essa corresponde a apenas 10% dos pontos da tabela , enquanto os desenhos , a plumagem e a calota representam 80% do total .

Teríamos assim , inicialmetne , quatro novas classe de Lizard a saber :


- Ágatas com calota 
- Ágatas sem calota
- Marrons com calota
- Marrons sem calota

O julgamento da calota e dos desenhos seguiria os preceitos do manual , e os juízes saberão compensar as qualidades ou deficiências qua a cor de fundo impõe aos desenhos , como no tempo em que não havia classes separadas para as raças de porte.

Que tal experimentarmos no próximo ano ???


Fonte Revista Brasil Ornitológico nº 84 , texto de Jose Luis de Castro Silva ( juiz OBJO/FOB - OMJ/COM) E Flávio Eustáqui Calixto ( juíz OBJO/FOB) 


Algumas fotos para ilustrar , novamente não se atente a qualidade e sim a tipicidade

ÁGATA SEM CALOTA 

 

ÁGATA COM CALOTA